12 setembro, 2007

Humilde contribuição

Não é justo que se venha para aqui debitar um ror de fel relativamente ao nosso mui querido e bem estimado Palácio Nacional de Queluz.
Basta consultar as fotos dos jardins do chateau rocócó publicadas no site do IPPAR (mas não tinha já passado para IGESPAR???), para se perceber que há aqui muita má-fé.
O signatário é da opinião que, no mais estreito espírito de adequação às contemporaneidades, sinónimo de forte dinâmica por parte da Directora daquele imóvel - monumento nacional, há que deixar o mato invadir os jardins do palácio. Só assim se criarão as condições mínimas indispensáveis à realização de múltiplas modalidades radicais, tais como paintball, bungee jumping, sexo nas urtigas, etc, etc, visando a rentabilização financeira do complexo.
Aliás, parece-nos que a proliferação de ervas daninhas, fenómeno que, verdade seja dita, não é exclusivo de Queluz (consta que grassa igualmente ao mais alto nível da própria tutela), se encontra protegida pelo Decreto de 1910 que estabelece a ZEP do PNQ. Perdão!... A Zona Especial de Protecção do Palácio Nacional de Queluz.
Modestamente, e numa perspectiva absolutamente construtiva, cumpre-nos propor a realização de outro tipo de actividades lúdicas e complementares, não tão radicais como as enunciadas anteriormente, mas muito mais interessantes, pelo menos numa perspectiva de reconstituição de cenários históricos. E que tal se se criasse uma animação nos jardins, com a duração de uma hora, à laia de caçada palaciana? Para os homens vendia-se uma modalidade em que, investidos na personagem de Marquês de Marialva tivessem que perseguir e capturar uma Carlota Joaquina. Para as mulheres vendia-se a modalidade vice-versa. Claro está que o IGESPAR deveria assegurar o concurso de dois atletas de alta competição para assumir o papel de presas, de modo a rentabilizar o negócio, levando os "caçadores/as" a comprar várias caçadas. Eu sei que as admissões na Função Pública se encontram congeladas. Talvez contratando duas presas a recibos verdes?
Não sei! Foi só uma ideia...
Outra de que me lembrei agora mesmo (esta cachola é um caldeirão de disparates em permanente ebulição): Porque não voltar a abrir as comportas do canal e, em homenagem ao apelido da Directora, realizar uns belos carnavais fluviais? Eu até me oferecia para nadador-salvador. E à borlix. Tudo por amor à Cultura... claro!

1 comentário:

Condessa do Grão Horto disse...

O IGESPAR e o IMC, além do profundo amor que devotam à cultura, têm paixão confessa pela natureza... é deixá-la seguir o seu rumo livremente, a fauna e a flora nacionais têm o direito de proliferar sem condicionalismos humanos, ainda mais institucionais!

Mais umas ideias para as actividades do serviço educativo do PNQ: que tal uns workshops de macumba no matagal? Podia-se contratar os experientes animadores culturais da Mata dos Medos...