20 setembro, 2007

"Dominicus Musealis" I

Domingo - dia 29 de Julho de 2007

Palácio Nacional de Sintra








Monumento Nacional (MN), Dec. 16-06-1910.
O Palácio Nacional de Sintra faz parte do conjunto monumental inscrito em 06-12-1995 na lista do Património Mundial da UNESCO como "Paisagem Cultural de Sintra".

Palácio Nacional de Sintra
Largo Rainha D. Amélia 2710 Sintra

Tel:+351 219 106 840 +351 219 106 841 http://www.ippar.pt/monumentos/palacio_sintra.html

mailto:pnsintra@ippar.pt

Horário: 10.00h – 17.30h (última entrada às17.00h)
Encerrado à quarta-feira e nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio, 29 de Junho (feriado municipal) e 25 de Dezembro.
Preçário: Normal: € 4
Jovens (15 a 25 anos) e reformados: € 2
Portadores do Cartão Jovem: € 1.6
Crianças até aos 14 anos: gratuito.
Domingos e feriados até às 14h00: gratuito.












































O Palácio Nacional de Sintra, com base num edifício árabe, tornou-se Residência Real, desde os primórdios da nacionalidade e assim permaneceu até 1910. Como edifício sofreu diversas campanhas de obras, ao longo dos séculos, sendo as principais as seguintes:
•Entre 1279 e 1325 - primeira grande campanha de obras (reinado de D. Dinis);

•Reinado de D. João I (depois de 1385)- iniciada uma nova grande campanha de obras, melhorando o edifício já existente e ampliando a construção com novos corpos;

•Reinado de D. Manuel I - época mais gloriosa, com importantes obras de ampliação do edifício:

•1505 - construção do corpo ocidental

•1508 – construção do Torreão da Sala dos Brasões

•1517 – construção do corpo oriental.
Depois dos acontecimentos de 1910, este edifício foi incorporado no Património do Estado, procedendo-se à demolição de várias construções anexas ao palácio, sendo uma das mais visíveis a demolição da entrada e das dependências existentes no terreiro de entrada, para permitir uma melhor circulação automóvel no local.

Apesar de, desde o século XIX, este imóvel ser local de visitas, depois de 1910 o Palácio Nacional de Sintra passaria então a estar aberto ao público de um modo mais permanente. Passou então a estar sob a responsabilidade da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (Ministério das Obras Públicas), que levou a cabo diversas intervenções entre os anos de 1922 e 1988, encontrando-se estas devidamente documentadas.

Com o Arq. Raúl Lino, arquitecto da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais desde 10 de Janeiro de 1936, que assume o cargo de Superintendente Artístico dos Palácios Nacionais em 31 de Outubro de 1938, o Palácio Nacional de Sintra, foi alvo de algumas remodelações interiores de modo a permitir um circuito de visita estruturado durante as décadas de 30 e 40 do século XX. Foi ainda dotado de inúmeras peças utilitárias e decorativas, num intuito decorativo e de valorização do monumento, recriando assim alguns ambientes outrora vividos neste espaço. O Arq. Raúl Lino utilizou para tal as colecções que tinham permanecido no próprio edifício e outras peças oriundas das colecções reais. Peças essas, que se encontravam à data concentradas no Palácio das Necessidades, em Lisboa, desde o golpe de estado de 1910, a fim de as proteger da dispersão das mesmas. Contudo, foram ainda utilizadas obras compradas para incorporarem o espólio do Palácio Nacional de Sintra. Posteriormente, passaria para a tutela do Instituto Português do Património Cultural (I.P.P.C.), que em 1992 passaria a Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico (I.P.P.A.R.), que mais tarde passaria apenas a cuidar do Património Arquitectónico.

Nos últimos anos beneficiou de algumas campanhas de recuperação ao nível arquitectónico, sendo a mais visível a operada ao nível dos rebocos e da reintrodução de cor nos mesmos. É de referir ainda que desde 6 de Dezembro de 1995 o Palácio Nacional de Sintra faz parte do conjunto monumental inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO como "Paisagem Cultural de Sintra".

Nos últimos anos o grande objectivo da direcção do Palácio Nacional de Sintra passou pela manutenção e valorização das colecções existentes no edifício, concorrendo para tal também um cuidado especial nas pequenas obras de pormenor por todo este monumento, tão necessárias para a salvaguarda de um monumento destas dimensões e com um número tão elevado de visitantes.

Já no presente ano de 2007, com a reestruturação dos institutos e direcções dentro do Ministério da Cultura, o Palácio Nacional de Sintra, deixou de estar dependente do extinto IPPAR, não transitando para o seu “sucessor” IGESPAR, mas, sim para o IMC (Instituto dos Museus e da Conservação), dito “sucessor” do extinto IPM (Instituto Português dos Museus).






(Texto de Careto)

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